Impedanciophmetria

O que é Impedâncio-Phmetria Esofágica

A impedância intraluminal esofágica é um método que registra o fluxo retrógrado de conteúdo gástrico, independente de seu pH. Quando combinado com pHmetria (Impedâncio-pHmetria), permite detectar o Refluxo Gastro-Esofágico (RGE) ácido e “não-ácido”. Desta forma permite definir se o sintoma ou queixa do paciente está relacionada com refluxo ácido, com refluxo “não-ácido”, ou não relacionado com refluxo. A Impedâncio-pHmetria permite caracterizar o RGE quanto à sua composição (líquido, gasoso ou líquido-gasoso) e identificar o nível de ascensão do refluxo no esôfago.

Indicações

– Esclarecimento diagnóstico em pacientes com sintomas sugestivos da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) que não apresentam esofagite á endoscópia e que tenham pHmetria Esofágica normal;

– Esclarecimento diagnóstico em pacientes com sintomas atípicos e/ou supra-esofágicos (dor torácica, tosse crônica, pigarro persistente, rouquidão, sensação de bola parada na garganta e asma);

– Esclarecimento diagnóstico em pacientes com sintomas sugestivos de RGE, com suspeita de participação de refluxo “não-ácido”:

– Sintomas pós-prandiais;

– Pacientes em uso medicamentos Bloqueadores H2: Cimetidina, Ranitidina, Famotidina ou Nizatidina;

– Pacientes em uso de medicamentos Inibidores de Bomba de Prótons (IBP): Omeprazol, Lanzoprazol, Pantoprazol, Rabeprazol e Esomezol;

– Pacientes submetidos a Gastrectomias.

– Avaliação da eficácia do tratamento clínico ou cirúrgico da DRGE.

 

Orientações para realização do procedimento

Para esse exame, não é realizada sedação, portanto, não é necessário vir acompanhado. O paciente pode dirigir normalmente após o exame;

Jejum mínimo necessário de 4 horas;

Medicamentos tipo Bloqueadores H2 e IBP, não devem ser suspensos, exceto por orientação do médico solicitante;

Trazer os exames relacionados (Endoscopia Digestiva Alta, Radiografias do Esôfago, exames anteriores de pHmetria e Manometria Esofágicas);

Trazer a solicitação médica.

 

Orientações sobre o procedimento

Para o correto posicionamento do cateter de Impedâncio-pHmetria Esofágica é necessária a Manometria Esofágica para a localização dos Esfíncteres Inferior e Superior do Esôfago, A introdução do cateter de Impedâncio-pHmetria Esofágica é semelhante ao da pH-metria convencional, realizada com o paciente sentado e sem necessidade de remoção de próteses dentárias;

Aplica-se gel anestésico na narina que estiver mais desobstruída e na orofaringe e pede-se para que o paciente inspire o gel, com objetivo de lubrificar o trajeto a ser percorrido pelo cateter. Este procedimento pode trazer um certo desconforto ao paciente, no entanto, habitualmente é indolor. É realizado com paciência e cuidado, procurando minimizar ao máximo o desconforto do paciente;

Após a introdução e fixação o cateter é conectado a um aparelho portátil, que irá monitorizar o pH do esôfago;

Fornecemos um diário ao paciente, no qual ele deverá registrar os horários das refeições, dos períodos em que permanecer deitado e o horário e tipo de sintomas apresentados;

É reservado em torno de uma hora para realizar todo o procedimento, podendo variar de acordo com cada paciente. Um telefone de contato é fornecido para qualquer eventualidade;

Após o exame o paciente poderá alimentar-se, dirigir, trabalhar, enfim voltar às suas atividades habituais. Caso o paciente não se sinta apto para trabalhar, fornecemos um atestado para o dia;

O paciente retornará na manhã do dia seguinte para retirada do cateter, que é feita de forma rápida e indolor;

Após retirada do cateter o exame é transferido a um computador. Através da análise dos dados do diário e do gráfico da monitorização é elaborado o laudo onde são fornecidos os parâmetros de normalidade, os possíveis fatores de interferência e a interpretação dos dados obtidos.

 

Vantagens da Impedâncio-Phmetria Esofágica se comparada a Phmetria Esofágica convencional

A pHmetria Esofágica é considerada eficiente no diagnóstico do Refluxo Gastroesofágico (RGE) ácido. Entretanto, muitos pacientes com sintomas sugestivos de RGE (cerca de 30%) apresentam persistência dos sintomas, quando estão sendo tratados com medicamentos anti-secretores (Bloqueador H2 e/ou IBP`s). Estes sintomas tem sido atribuídos ao RGE “não-ácido”, ou seja, com pH>4.

Quando a acidez gástrica está tamponada, como no período pós-prandial ou durante tratamento com IBP’s, o RGE é essencialmente “não- ácido” e, portanto, dificilmente detectado pela pHmetria convencional. Essa limitação do método criou a necessidade de desenvolvimento de técnica capaz de medir o RGE “não-ácido”.

Os métodos disponíveis tais como cintilografia e bilimetria, não são satisfatórios.

A cintilografia monitoriza por períodos curtos e expõe à radiação.

A bilimetria não detecta refluxo “não-ácido” sem bile, além de correlacionar-se mal com a pHmetria convencional.

Portanto a Impedâncio-pHmetria Esofágica passa a ser o novo padrão ouro do diagnóstico do Refluxo Gastro-Esofágico.

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